Congresso Gife: práticas de monitoramento e avaliação podem servir à batalha contra a desigualdade social.

O 12º Congresso Gife, realizado entre os dias 13/04 e 15/04, no Memorial da América Latina, em São Paulo (SP), mergulhou em um dos temas mais complexos e que desafia o país há décadas: a desigualdade. Em relação à fome, por exemplo, de acordo com a Rede Brasileira em Pesquisa e Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), 33 milhões de pessoas vivem em insegurança alimentar grave no país. O dado é de junho de 2022. A miséria, as questões racial, indígena e as demandas climáticas interagem entre si e fazem do país um dos mais desiguais do mundo.
Nesse cenário, diversas organizações e pessoas interessadas em participar do debate, e pensar possíveis caminhos, estiveram presentes em mesas e plenárias. As coordenadoras da H&P, Bianca Pataro e Juliana Vasconcelos participaram do evento e trouxeram seus apontamentos, perspectivas e respostas à pergunta: “O investimento privado social pode ajudar no combate às desigualdades?”
Durante as discussões do Gife, cujo tema foi “Desafiando estruturas de desigualdade” ficou claro, por exemplo, que, dependendo das estratégias, o investimento social privado pode sim, atuar como mecanismo de enfrentamento à desigualdade social. Mas, como?
Uma das formas seria atentar-se para o território e buscar com as comunidades envolvidas soluções efetivas e de impacto. “É ‘fazer com’ e não ‘fazer para’”, ressaltou Bianca Pataro, coordenadora de tecnologias sociais da H&P.
Nessa linha de pensamento, Larissa Amorim, da Casa Fluminense, disse que não faz sentido construir sem estar com os coletivos, com as lideranças e movimento sociais. “Temos que ouvir as demandas e produzir soluções em conjunto”, diz.
Bianca reiterou que o fortalecimento das organizações locais, a partir da mobilização de parceiros, além da identificação de iniciativas para melhorar as condições das instituições também são ações promotoras de investimento social privado positivo.
A também coordenadora da H&P, Juliana Vasconcelos, disse que, como avaliadora, saiu do Congresso com a reflexão de que as práticas de monitoramento e avaliação também podem contribuir para reduzir as disparidades sociais. “É sempre importante que as equipes de avaliação sejam múltiplas e diversas para que seja possível ampliar os olhares sobre os resultados alcançados nas ações”, diz. A aproximação dos movimentos sociais também é saída importante para o desenvolvimento de instrumentos mais eficientes contra a desigualdade.
Wesley Matheus, diretor colegiado da Rede Brasileira de Monitoramento e Avaliação, disse que olhar para o tema sob o ponto de vista da equidade contribui também para que as boas práticas sejam replicadas pelo poder público.
Portanto, o investimento privado social pode dar a sua parcela de contribuição para quebrar as estruturas das desigualdades brasileiras. A H&P se junta a essa batalha, fornecendo produtos e serviços de já reconhecida qualidade e eficácia, sempre alinhados às demandas sociais, o que pode garantir que o resultado mais esperado aconteça: a melhora da qualidade de vida das comunidades envolvidas.
O tempo urge.

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